segunda-feira, 28 de setembro de 2015
sábado, 4 de julho de 2015
Aula Magna dá início a curso de Mestrado para servidores do Incra em Belém
Publicado dia 02/07/2015
Aula Magna, sob o tema “Debate Agrário e o Papel do Incra”, ministrada a servidores da Superintendência Regional do Incra do Pará, como sede em Belém, pelo Professor Dr. Héder Benatti, da Universidade Federal do Pará (UFPA), deu início, nesta quarta-feira (1), ao curso de Mestrado Profissional em Ciências e Meio Ambiente, fruto de parceria entre os órgãos federais.
O professor Benatti, especialista em Direito Agrário e Ambiental e ex-presidente do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), é um dos 17 professores do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Meio Ambiente (PPGCMA) do Instituto de Ciências Exatas e Naturais da UFPA que nos próximos dois anos vai repassar sua experiência, conhecimentos e orientar os 15 servidores do Incra em Belém aprovados no processo seletivo da instituição acadêmica.
A aula foi precedida por uma abertura feita pelo superintendente regional do Incra/PA, Nazareno Souza, que falou aos mestrandos e demais colegas que lotaram o auditório da sede da autarquia fundiária em Belém sobre a importância da capacitação dos servidores. O gestor explicou que o curso de mestrado é um passo a mais rumo a integração entre o conhecimento da academia e a experiência do órgão responsável pelas ações de reforma agrária. "O investimento de recursos públicos feito pelo Governo Federal na capacitação (dos servidores) é fundamental para dar mais eficiência às ações da reforma agrária em benefício dos trabalhadores rurais. É o que espera a sociedade e as 100 mil famílias assentadas pelo Incra no Nordeste paraense", resumiu o superintendente.
Nazareno explicou que a opção por um curso de mestrado na área de ciências e meio ambiente deu-se pela atuação do Incra na Amazônia, cujo bioma requer reflexão e respostas diferenciadas de outras regiões. E finalizou informando que “daqui pra frente” a parceria do Incra com a UFPA vai resultar na organização de um curso de doutorado para os servidores com o objetivo de potencializar ainda mais as ações de reforma agrária.
Valorizar experiência
“Não abram mão de suas experiências”, foi o conselho dado pelo professor Benatti, iniciando a Aula Magma. No conselho, o reconhecimento que há uma experiência de trabalho acumulada no Incra que terá um momento de reflexão no mestrado.
Após apresentar um conjunto de dados e informações fundiárias, agrárias e ambientais sobre a Amazônia, o professor explicou que um dos objetivos do seu curso é desfazer alguns mitos sobre a região, dentre eles o que aponta os assentamentos da reforma agrária como um dos principais responsáveis pelo desmatamento.
O mestrado também será um momento para refletir sobre a missão do Incra na Amazônia para fazer face ao contexto internacional em que o debate sobre a questão ambiental ganha cada vez mais força. Principalmente sobre a preservação da floresta como uma das medidas para a diminuição do aquecimento global, observou o professor.
Para os futuros mestres da Superintendência Regional do Incra em Belém, a aula do professor Benatti, que finalizou em debate, foi uma prévia dos estudos e esforços dobrados nos próximos dois anos. As aulas serão feitas em alternância na sede do Incra e no Campus da UFPA.
Foi também o fim de uma expectativa iniciada em 2014, com a abertura do processo administrativo pelo Serviço de Desenvolvimento Humano do Incra, no quadro do Plano de Capacitação da autarquia, que culminou com a oferta das 15 vagas do curso de Mestrado Profissional em Ciências e Meio Ambiente.
Assessoria de Comunicação Social do Incra/PA
(91) 3202-3853 / 99104-6987
ascom@blm.incra.gov.br
http://www.incra.gov.br/belem
sábado, 25 de abril de 2015
TRATADO de TORDESILLAS - 1494
D. João, por Graça de Deus Rei de Portugal e dos Algarves, . . . fazemos saber, que em virtude do mandado dos mui altos e mui excelentes e poderosos príncipes, o rei D. Fernando e a rainha D. Isabel, rei e rainha de Castela, . . .
SESMARIAS
A concessão de sesmarias, que se iniciou com as capitanias hereditárias, foi o sistema escolhido para o povoamento da colônia e tornou-se a base do regime de propriedade. As terras doadas - as capitanias -, delimitadas ao longo da costa e para o interior, outorgavam aos donatários amplos poderes políticos, de comando e de jurisdição, além do poder de repartir e distribuir sesmarias entre os moradores gratuitamente "sem foro nem direito algum", apenas com a obrigação de pagar à Ordem de Cristo o dízimo dos frutos colhidos da terra. Desde 1530, D. João III já havia outorgado a Martim Afonso de Sousa o direito de distrituir terras às pessoas que "consigo levar e as que na dita terra quiserem viver e povoar". A regulamentação sobre a doação de sesmarias surgiu no reinado de D. Fernando, em 1375. Mais tarde, o sistema sesmarial lusitano foi codificado pelas Ordenações Afonsinas de 1446, pelas Manuelinas de 1511-12 e, finalmente, pelas Filipinas de 1603. Só em fins do século XVII começa a surgir uma legislação que tenta regulamentar o funcionamento do sistema sesmarial na colônia. Primeiramente, são expedidas algumas cartas régias (de 07/02/1697 e de 20/01/1699), que estabelecem limites à extensão de terras de sesmarias. No século XVIII, o alvará de 05/10/1795 institui o Regimento das Cartas de Medição e de Demarcação das Sesmarias, do qual, um ano depois, o alvará de 10 de dezembro suspende a execução. A resolução de 17/07/1822 manda suspender a concessão de terras de sesmarias até que lei especial regule o problema. Ao longo do século XIX, alguns decretos, alvarás e cartas régias regulam a concessão, a medição e a isenção dos dízimos em alguns casos, até que a lei nº 601, de 18/09/1850, dispôs sobre as terras devolutas do Império e as que eram possuídas por títulos de sesmaria sem preenchimento das condições legais, determinando que "medidas e demarcadas as mesmas, sejam elas cedidas a título oneroso, assim para empresas particulares, como para o estabelecimento de colônias nacionais e estrangeiras".
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